A tecnologia mudou tudo. A forma como nos deslocamos, comunicamos, trabalhamos. Novas profissões e conceitos nasceram dessa revolução (e não param de nascer).
Ser disruptivo virou lei. A palavra da moda virou pré-requisito de aceitação e sobrevivência nas empresas que já são ou que buscam a inovação. Era da experiência, propósito, colaboração, co-criação, empreendedorismo, inovação, criatividade, empatia, humanização. Familiarizada com essas palavras? Elas são as norteadoras de tudo que já move e ainda deve mover o mercado de trabalho e de consumo nos próximos anos. E elas não surgiram do nada, não. Essas palavras são frutos de uma mudança comportamental global constante.
Essas mudanças comportamentais da sociedade, em sua maioria ligadas ao mundo digital, além de criarem palavras-chave, também originaram e/ou alavancaram novas profissões. São especialistas em mobile marketing, desenvolvedores de aplicativos, gestores de redes sociais, analistas de SEO, engenheiros de rede de cloud computing, youtubers, especialistas em IOT e etc.
E não paramos por aí. Profissões antigas foram rebatizadas com nomes mais modernos, afinal, em um mundo globalizado, é preciso um update e, cá entre nós, sabemos que tudo que é inglês é mais comercial, concordemos ou não. Diante disso, não temos mais presidentes, e sim CEOs. Não há diretores, mas heads. Não são proprietários, são owners. Fundadores? Não. São founders. Recrutadores são headhunters. Entre esses “novos” profissionais também coabitam business developers, coaches, videomakers, designers, publishers, directors, managers, e o que mais você quiser traduzir do português para o inglês.
Falando nisso, não temos mais habilidades, e sim skills. Não há maneira de pensar, mas sim mindset. As ideias viraram insights. Os cursos, workshops. Gráficos foram substituídos por frameworks. Sócios por partners. Público de interesse por stakeholders. Não há retorno, só feedback. Orçamento é budget. Público-alvo é target. Você pode continuar a brincadeira se quiser. Isso vai ser ótimo para dar um gás no seu vocabulário de inglês. Seu english teacher agradece.
Mas voltando a falar de novas profissões, é curioso salientar como a criatividade rola solta nas terminologias, afinal, hoje em dia, muitos dos cargos não estão atreladas necessariamente a uma faculdade. Sendo assim, você pode se tornar diretor de whatever, autodidata, facilitador, multidisciplinar, curador, estrategista, pesquisador, explorador, e tá tudo bem (desde que você lembre de ser disruptivo).
E aí, já escolheu o que você quer ser nessa nova era? As possibilidades são inúmeras. It’s up to you!
Coluna publicada em Negócio Feminino: https://www.negociofeminino.com.br/colunistas/vocabulario.html
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