A pauta de hoje é: nossa história. Para começar, a gente nem sabe ao certo a idade com a qual nos conhecemos. Mas pelas nossas contas (de pessoas de Humanas, cuidado!), foi lá pelos 15 anos. Quanto ao lugar, também temos dúvidas. Foi na praia na qual crescemos (Capão Novo) ou nos colégios em que estudamos (Americano e IPA), ou nos dois ao mesmo tempo?
O quê? Quem? Quando? Como? Onde? Por quê? Nosso lead é meio incompleto. Faltam algumas informações que a memória apagou, mas o principal, a gente sabe: O quê? A história de uma amizade como poucas. Quem? Eu e ele. Quando? Não importa. Onde? Tanto faz. Por quê? Porque a gente se entende, se respeita, se admira e torce um pelo outro. Porque era pra ser.
Sempre fomos muito comunicativos, daqueles que falam com todo mundo, de todas as turmas e todas as tribos. Tanto é que nos nossos colégios, que apesar de serem da mesma rede, na época tinham uma rivalidade, a gente fazia questão de ignorar isso, afinal, ele era IPA e eu, Americano. Na praia, a gente nem era do mesmo condomínio e nem da mesma turma principal (a gente pertencia a várias turmas ao mesmo tempo), mas, se preciso, a gente juntava todo mundo e era isso. A gente já era da Comunicação quando adolescentes e nem sabia.
Eis que a gente cresce, escolhe justamente a mesma profissão, e se encontra no mesmo primeiro estágio sem querer. Não existia melhor jeito de começar a vida profissional: um ao lado do outro. E foi aí que a gente se conheceu, de novo.
Aqueles adolescentes comunicativos, viciados em praia e esportes, festeiros (que inclusive era o apelido do Rapha), amigos de todo mundo, viraram adultos que preservavam os mesmos vícios bons da adolescência, mas que já tinham amadurecido e estavam se tornando profissionais naquilo que faziam tão bem de forma amadora. Nossas manhãs de trabalho eram de aprendizado contínuo e de muita diversão. Que dias deliciosos aqueles, abastecidos de pão de queijo e notícias quentinhas.
Depois do nosso primeiro estágio, cada um trilhou um lado da comunicação. O Rapha foi para o lado dos veículos e eu para o empresarial. E um sempre acompanhou o caminho profissional que o outro trilhou, torcendo e se orgulhando mutuamente. Concorrência entre a gente, jamais. Apenas admiração. Ele mudou de país, eu também. E mesmo assim, nosso laço nunca se desfez, só se fortaleceu. Ele voltou, eu também. Eu fiz do Rio e Janeiro meu destino anual e ele, sua nova casa. E ele fez de Porto Alegre o destino anual e eu, de volta pra casa. Férias? Era a oportunidade de nos visitarmos. Não importava onde estivéssemos, um sempre deu um jeito de ir atrás do outro. E é assim, desde a nossa adolescência.
E agora, que estamos chegando à maioridade dessa amizade, com quase 18 anos, ela está ainda mais madura. Hoje, mais que simples amigos, somos melhores amigos. Somos irmãos. Falamos todos os dias. É áudio, texto, vídeo, ligação. É Comunicação na veia. É amor ao Jornalismo e amor um pelo outro. E o nosso deadline? Ah, isso nunca vai ter.
Já rimos e seguimos rindo muito. Já choramos juntos. Já fizemos as duas coisas ao mesmo tempo. E assim seguimos. E a nossa sintonia é tanta, que enquanto termino de editar esse texto (que ele revisou antes), ele me chama no Whats. Então, me despeço por aqui, porque se tem uma coisa que ele me ensinou, é que amigos como ele, a gente não deixa para depois. Ficamos por aqui, e até a próxima.
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