Que a Comunicação é uma área em constante mudança, todos já sabemos. Fomos do jornal ao site, do livro ao e-book, do rádio ao podcast, da TV aberta à TV a cabo, do On Demand da TV paga ao Netflix, do YouTube ao IGTV, do ICQ ao WhatsApp, do Orkut ao Facebook, do Instagram ao TikTok, e sabe-se lá onde vamos parar. Isso sem falar de cargos e atividades. O jornalista teve que virar bem mais do que repórter, apresentador, editor; virou assessor de imprensa, produtor de conteúdo, roteirista, social media, atendimento, planejamento, copy etc. O publicitário teve que virar profissional de Marketing. Este, por sua vez, teve que virar designer também.
Todo mundo teve que virar comunicador acima de tudo. E ouso dizer mais, geral está tendo que se render e virar influenciador digital ou, ao menos, entender como tornar uma marca ou personalidade um deles. Evolução e inovação é a regra! Por conta disso, mesmo que você tenha se formado para seguir determinada profissão, como repórter de jornal, radialista, produtor gráfico, mídia, ou o que for, sinto informar-lhe que você ficará para trás se seguir resistindo. Atualizar-se é preciso.
Vou ter que confessar: quando entrei na faculdade de Jornalismo, foi com o objetivo de ser repórter e, mais especificamente, de revista. Entretanto, tive muitas experiências antes de, enfim, trabalhar com o que queria; e, mesmo assim, nunca cheguei exatamente aonde ambicionava, como uma Superinteressante da vida. A verdade é uma só: se a gente precisa pagar os boletos, não dá para ficar escolhendo ou esperando o emprego dos sonhos. Ser flexível é preciso.
Assim sendo, nessa minha realidade de aceitar o estágio, emprego ou freela que aparecesse, dei-me conta de uma coisa: quanto mais experiências tivesse em diversas frentes da Comunicação, melhor seria para mim em vários sentidos. Eu teria mais oportunidades de emprego nas quais eu corresponderia ao perfil, mais garantia de conseguir recolocação profissional rápida e mais rico seria meu currículo. Ciente disso, adotei essa postura e decidi que atuaria no máximo possível de áreas/funções/atividades diferentes dentro da Comunicação Social. Versatilidade seria meu sobrenome. Ter conhecimento é preciso.
Comecei minha caminhada ainda antes de entrar na universidade, como repórter voluntária de jornal e de um programa de TV para estudantes colegiais, o Kzuka. Eventualmente, fazia coberturas, entrevistas com artistas famosos do Estado, reportagens divertidas. A reportagem, por sinal, andou comigo em toda minha caminhada (e ainda anda), começando mais fortemente quando estagiária de Jornalismo no CREA-RS, escrevendo para a revista; passando pelo jornal Correio do Povo; pelo jornal do Clube Geraldo Santana; pela Radar Magazine, uma revista australiana na época em que morei fora; além de todas as agências pelas quais passei, das quais falarei mais à frente. Repórter? Ok!
Também exerci outras atividades voluntariamente. Escrevi pequenas colunas para a revista Capricho, em uma editoria chamada Tudo de Blog - isso quando eu era blogueira (no tempo em que isso significava escrever e não ser influencer). Na mesma linha, fui colunista de sites diversos e jornais de bairro. Até hoje escrevo colunas e artigos, sendo aqui no Coletiva.net minhas participações mais frequentes. Colunista e articulista? Ok!
Como estagiária, comecei por órgãos públicos. Fui rádio-escuta e pronta-resposta na Prefeitura de Porto Alegre. Será que ainda existem essas funções? Nelas, desenvolvi a habilidade de decupar textos rapidamente, de filtrar as informações mais importantes e de correr atrás das respostas com agilidade. Depois, virei assessora de imprensa de vereador e do Museu de Comunicação Social Hipólito José de Costa. A assessoria sempre esteve presente, de certa forma, em quase todos os meus empregos. Mais recentemente, fui Head de Jornalismo na Faro Comunicação Estratégica e reavivei meu amor por essa área. Assessora de Imprensa? Ok!
Eis, então, que começo a trajetória nas agências de Publicidade, onde atuei com foco no conteúdo impresso e digital, além de dar meus primeiros passos como atendimento. Na Agência S3, fui gestora de Conteúdo; na Agência Black, diretora de Conteúdo; e na minha, a W.Right Conteúdo, sou de tudo um pouco, como: gestora de Projetos, atendimento, planejamento, redatora, repórter, editora, revisora e roteirista. Ok?!
Ainda em agência, respondi como Coordenadora de Jornalismo na Santo de Casa Endomarketing, com foco em uma das minhas paixões: o Endo. Dali, assumi a posição de Coordenadora de Endomarketing e Comunicação Interna na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Há pouco, trabalhei como Analista de Comunicação Interna na Votorantim Energia. E lembro de ter dado os primeiros passos nisso ainda como estagiária no Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Felizmente, sigo prestando consultoria e serviços na área. Analista de Endomarketing e Comunicação Interna? Ok!
Atualmente, sou Analista de Social Media na Liberta Investimentos e também presto serviços pela minha agência com este foco, cada vez mais forte no mundo digital em que vivemos. Social Media e Marketing Digital? Ok!
O meu lado editora, que é meu favorito, é trabalhado justamente por aqui, no Coletiva.net, onde tenho como responsabilidade ser Coordenadora Editorial das revistas do Selo Tendências. Lembrando que o motivo pelo qual entrei na graduação era trabalhar com revistas, e eis que agora coordeno quatro, o que é um grande prazer. Além disso, também sigo investindo no meu lado repórter, escrevendo perfis para o portal. Editora? Ok!
Enfim, para completar meu currículo até o momento, decidi unir todos os meus anos como jornalista e minha bagagem para abrir minha própria empresa. Hoje, sou CEO da W.Right Conteúdo, uma agência novinha em folha no mercado, cujo modelo de negócio preza pela inovação de gestão de pessoas e processos, e formato de atendimento ao cliente. Ofereço, por meio dela, todos os serviços que já exerci nesses quase 10 anos como comunicadora. Ser uma profissional multidisciplinar me fez chegar até aqui, sem medo.
O resumo dessa ópera é: o profissional multidisciplinar, primeiramente, faz bem para si mesmo. Isso porque desenvolve diversas habilidades técnicas e emocionais. Depois porque, como dito anteriormente - e aqui reforço -, abre para si um leque de oportunidades, assim como de crescimento, de reconhecimento profissional e, até mesmo, de autonomia e empreendedorismo. E, mais que tudo, porque essa é a única alternativa para quem deseja seguir na área da Comunicação, que insiste em querer mudar o tempo todo. Portanto, lembre-se disso: seja multi - multitarefas, multimídia, multidisciplinar. Seja aquele que acompanha os movimentos no mercado e, portanto, permanece nele!
Artigo publicado em Coletiva.net: https://coletiva.net/artigos-home/por-que-ser-um-profissional-de-comunicacao-multidisciplinar,395584.jhtml
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